Samantha começou cedo sua vida sexual desbragada (parece que os pais intuitivamente já anteviam o futuro para a filha, escolhendo um nome de batismo apelativo como esse). Ficava sozinha em casa já pelos dez anos, e os garotos batiam ponto todo dia à tarde na residência. Como seus pais levavam a chave, ela ficava trancada e punha sua bunda e bocetinha atrás das grades do quarto para eles bolinarem, após escalado o muro. Tirou seu cabaço por ali mesmo, trancafiada no quarto tal qual uma presidiária. E nunca teve necessidade afetiva de estar mais reservada com alguém especial, sempre quando trepava era no meio de um coletivo de pelo menos dois rapazes. A sua sexualidade sempre foi exercida na forma de suruba, um exemplar da devassidão, da luxúria extrema. Foi natural perceber que seu maior trunfo para se colocar no mercado haveria de ser através do sexo, a única coisa para qual tinha vocação, pois parou de estudar ainda no primeiro grau e não conseguia disciplinar-se em nenhuma rotina empregatícia. Foi lá naquela agência condicionada pelo anúncio suspeito que vira nos classificados, e o recrutador deu a entender que poderia facilitar-lhe as coisas, caso a mesma colaborasse. Disse que só com uma condição: não fazia sexo de uma maneira monogâmica, portanto teria que chamar mais pessoas. Não acreditou no que ouviu, mas pagou pra ver, chamando outros empregados que estavam disponíveis. Samantha fez jus a sua condição de tarada proporcionando prazer à todos. Havia ali uma estrela, antes de participar de alguma película. A sua primeira cena foi com cinco rapazes, tendo um desempenho melhor do que qualquer contratada da companhia. Na segunda encarou o dobro de parceiros, e na terceira o contingente populacional batia na casa dos vinte. Não dava pra acomodar a sacanagem na sala apertada do estúdio. O jeito foi alugar um galpão, o que daria um aspecto ainda mais hardcore a cena. A puta encarou todos. O diretor fez uma exigência, a fim de tornar aquele filme um marco da pornografia: os rapazes teriam que segurar a ejaculação, pra depois gozarem todos juntos no corpo da atriz. E foram então vinte cacetes vomitando porra ao mesmo tempo. Ela acabou desaparecendo sob o fluxo caudaloso e nunca mais foi vista.
texto de: Guilherme Linhares
lido por: ele mesmo
na roda de: 09/06/07
texto de: Guilherme Linhares
lido por: ele mesmo
na roda de: 09/06/07
2 comments:
E muito bom ler esse texto sobre a Samantha.Lebrei da leitura que fizemos no salão e na espectativa que houve pelo final da estória.
se o diretor do filme queria fazer uma cena antológica conseguiu, assim como o Guilherme conseguiu fazer um grande texto sobre a vida dessa moça perdida no meio da porra... hehehe
Post a Comment